25

Rafaela Corselli
2 min readSep 22, 2020

--

(Unsplash)

Eu fiz uma tatuagem do Baby Yoda e ela é feia. Não sei, mas tá lá, um Baby Yoda feio segurando um pêssego no meu braço direito pelo resto da vida.

Eu sempre odiei bananas. Nunca gostei, era meu maior desprezo alimentar. Hoje eu como todos os dias, mato e morro por um bolo, a torta então nem se fala… sim, hoje eu amo bananas e sinto que é minha comfort food.

Pensei em adotar um cachorro, apesar do trabalho que me dará para treiná-lo e evitar que minha casa cheire mijo e bosta. Pensei no nome Mocilon, um vira-lata meio caramelo. Ele não seria obediente. Eu também ainda não sou.

Quis entrar para a publicidade política. Fiz um teste, ninguém me chamou. Fique um pouco chateada, mas estou brilhando em um nível extraordinário onde estou agora. Talvez seja melhor assim, né?

Eu tento fazer parte de algo, eu insisto no erro, eu luto pelo que acredito com unhas e dentes. Isso eu faço desde os 16 anos, nem toda mudança é tão significativa.

Acredito que a transformação vem de acordo com pessoas. Pessoas que nos tocam, nos magoam, nos enxergam. Tudo o que entra, fica e um átomo é evoluído.

Eu evolui o suficiente? Não sei. Queria o nome daquele vinho, deveria ter me despedido em 2019, talvez tenha escolhido a carreira errada. Eu vivi? Vivo. Respiro. Sobrevivo.

Não quero. Não é pra mim. Mas repito os mesmos passos como se fossem os últimos, porque um dia será. Normal, como todos meus dias.

Acomode-se, esse é ato final.

What is a beautiful life without a beautiful death?
What is a beautiful mind, how is our beauty defined?
Is it for you to decide, is it my duty to die?
No matter how I’m remembered, just let me be remembered.

--

--